A satisfação financeira também é consequência de uma estratégia de marca pessoal bem estruturada. Não importa se você é um profissional autônomo - e por isso precisa ter seu nome desejado e valorizado no mercado - ou se trabalha para uma empresa. Ao desenvolver a marca pessoal interessante, visível, posicionada, você gera valor para si, direta ou indiretamente. Mas como fazer isso de forma intencional, como monetizar a marca individual?
O Branding pessoal é a gestão da marca individual. Essa gestão inclui ter consciência sobre os talentos, skills, capacidades, competências, saber o que as pessoas valorizam em você, se elas indicam o seu trabalho, aproveitar a network, abrir oportunidades. Alguns indicadores dos ativos das marcas pessoais:
Indicação (vale para autônomos e funcionários de empresas)
Escolha: quando você é chamado para emprego ou quando o cliente escolhe o seu produto ou serviço.
Quando você é consultado para dar opinião ou conselho sobre algum assunto (não necessariamente tem a ver com a sua atividade profissional. Lembre-se que todos nós temos múltiplas habilidades).
Antes de avançar para a monetização é preciso relembrar que a base do desenvolvimento das marcas pessoais é o autoconhecimento. Algumas perguntas são muito eficazes na tentativa de ampliar a consciência sobre quem você é e que marca você deixa por onde passa.
Quem é você?
O que você faz e que situação você resolve? Para quem?
Consegue dizer por que você é único no que oferece?
Você compartilha seu conhecimento? Onde?
Não existe desenvolvimento consciente da marca pessoal sem autoconhecimento. Em algum momento da sua trajetória profissional é importante fazer uma pesquisa de posicionamento para saber qual conceito as pessoas têm sobre você. Esta pesquisa pode ser feita de modo formal, com profissionais que trabalham na área do branding, ou informal, quando você pergunta para pessoas das suas relações o que pensam sobre você e o seu trabalho.
Monetizar a marca individual é aproveitar o "acervo" de conhecimento, experiências, credibilidade, visibilidade e reconhecimento para compartilhar o que você sabe em benefício de alguém ou alguma causa. Há várias maneiras de rentabilizar a marca:
Consultoria: você pode aproveitar o seu patrimônio intelectual e experiências para vender consultoria na sua expertise. Para ser um consultor é preciso antes ter visibilidade e posicionamento, o que se consegue com uma marca pessoal estratégica e desenvolvida. O consultor ajuda seus clientes a resolver situações por meio de alguma especialidade reconhecida.
Jobs: trabalhar de modo avulso é algo bem comum e pode ser uma atividade secundária, que ajuda no orçamento. Você pode vender trabalhos pontuais que muitas vezes não dependem de atendimento presencial. Usar a network e as redes sociais para mostrar como você trabalha, resultados, conhecimento, é o primeiro passo para divulgar o que você faz. Aposte em fazer alguns trabalhos de graça (pro bono) para pessoas conhecidas para ter portfólio e garantir testemunhos e indicações. Assim fica mais fácil gerar credibilidade para seus potenciais clientes.
Workshops e palestras: quanto mais você comunica os assuntos que domina, mais posicionado estará. Ao falar sobre estes assuntos em suas redes sociais ou sites específicos, você ficará referenciado. Quando cria a demanda ao deixar claro que problema ou situação você resolve ou entende, gera desejo e a sensação de necessidade. É possível organizar workshops online em diversas plataformas como Sympla, Zoom por exemplo. Experimente usar a sua network para oferecer parcerias para palestras, Lives ou outros formatos.
Conteúdo digital: você pode disponibilizar conteúdos em formato de textos, vídeos, fotos e links em plataforma que permite a cobrança. Lancei recentemente uma aula digital sobre a marca pessoal e gostei muito da plataforma de conteúdos da Sympla.
E-book: embora muita gente disponibilize e-books gratuitos, o formato é simples para elaborar (pode ser feito em PDF) e disponibilizado em sites próprios ou externo, como Hotmart, por exemplo.
Estas opções cabem para quem é profissional autônomo ou quem trabalha em empresa. Em um cenário mais avançado, é possível rentabilizar a marca também por meio da influência e associação a outras marcas, pessoais ou não.
É importante falar também sobre a percepção de valor da marca. Pessoas que desenvolvem estrategicamente as suas marcas pessoais conseguem perceber claramente a valorização ao negociar o preço de projetos e salários. Profissionais posicionados, que comunicam bem, que sabem usar as redes sociais a favor, conseguem negociar melhores valores porque imprimem conceitos de referência e credibilidade.
Para entender como funciona a consultoria para o desenvolvimento de marcas pessoais, envie um email para contato@lucianebemfica.com
Luciane Bemfica é jornalista, especialista em Desenvolvimento e Gestão de Marcas Pessoais.
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