Cuca pediu pra sair em menos de duas semanas no Corinthians, clube-desejo de muitos treinadores profissionais. Não aguentou a pressão da família, da imprensa paulista e das redes sociais impulsionada pelos formadores de opinião. Agora ele é vítima da própria história de mais de 30 anos atrás, quando foi condenado por estupro na Suíça. Tomo a liberdade de usar o caso como exemplo por ser um assunto quente, porém o CPF poderia ser de qualquer outra pessoa que estivesse na mesma situação. Como contornar ou minimizar o estrago na carreira de quem carrega uma mácula? Como fica a marca pessoal?
O fato é que a mancha do passado veio à tona justamente no momento em que o técnico assumiu o comando de uma das marcas mais consolidadas do futebol brasileiro. Do ponto de vista do personal branding, a gestão da imagem de marca e reputação, é preciso agir com rapidez.
Lições de gestão de crise sempre aconselham 3 ações básicas:
Rapidez na resposta;
Pedir desculpas se conveniente;
Dar uma declaração verdadeira, transparente, com humildade sobre o erro.
O agravante das redes sociais, além do cancelamento, ira e ameaça dos haters que se estende à pessoa, à família, ao clube, faz o caso ganhar espaço e sobrevida.
Se Cuca mentiu ao dizer que não foi reconhecido pela vítima como um dos abusadores ele terá que resolver-se com a Justiça Suíça. O prejuízo em termos de imagem profissional e reputação pessoal está feito e será lembrado por um bom tempo.
"Num momento de vulnerabilidade, a única maneira de resgatar a confiança é falar a verdade. Seu discurso deve ser elaborado com informações precisas e opiniões sinceras"
Pedro Tourinho, "Eu, Eu Mesmo e Minha Selfie - Como cuidar da imagem no século XXI".
Luciane Bemfica é jornalista, consultora para Gestão e Desenvolvimento de Marcas Pessoais.
Publicação: Marca Pessoal - Um Guia Simplificado
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